Artes Visuais - 7º Ano - Aula 4 - A Trajetória da Pichação e do Grafite


Olá alunos e alunas! Prontos para a aula de hoje?


Dando continuidade a aula anterior, atualmente também encontramos artistas que usam as paredes como suporte para suas manifestações artísticas. Assim como os muralistas mexicanos, os pichadores e grafiteiros também expressam suas impressões acerca de questões políticos, sociais e culturais importantes para seus contextos.

A pichação e o grafite são frutos da chamada hip-hop, que teve origem na periferia de Nova York, Estados Unidos, em meados da década de 1970. Nesse local, viviam populações negras e de origem latina que enfrentavam questões sociais como racismo, violência, carência de serviços públicos entre outras.

Jean-Michel Basquiat (1960-1988) foi um artista haitiano que viveu a maior parte da vida em Nova York. Sua experiência como migrante e afro-americano, assim como a exclusão social que vivenciou, refletiu-se em seus trabalhos, nos quais mostrava fortes influências da cultura hip-hop.

Durante muito tempo essas práticas foram consideradas ilegais. Com o tempo, o grafite e a pichação foram ganhando outros espaços e passaram a ser realizados em suportes como as telas.

Autorretrato, de Basquiat, 1982 
(acrílica e óleo sobre tela, 127 cm x 102 cm).

:: REFLEXÃO

- Que sentimentos e sensações essa obra causa em você?
- O que você imagina que o artista quis expressar com esse autorretrato?

Basquiat é um exemplo de artista que levou para as telas muito da linguagem do grafite. Em algumas de suas obras, é possível observar um caráter dinâmico e desenhos propositalmente mal-acabados, que destacam essa influência.


- Assista ao vídeo e conheça um pouco sobre Basquiat:




A partir da década de 1980, o grafite foi deixando de ser visto como uma transgressão e começou a ocupar outros lugares, como os museus e as galerias de arte. Assim, arte das ruas foi levada também para os locais formais de circulação e divulgação.

Um exemplo disso foi a exposição “De dentro para fora, de fora para dentro”, que ocorreu de 2009 a 2010 no Museu de Arte de São Paulo (MASP), e reuniu muitos nomes da arte urbana mundial. Além de grafites, foram expostos vídeos, fotografias, pinturas. esculturas, murais, entre outros. 

Exposição “De dentro para fora, de fora para dentro”, que ocorreu de 2009 a 2010 no Museu de Arte de São Paulo (MASP)

Assista aos vídeos para ficar por dentro da exposição “DE DENTRO PARA FORA, DE FORA PARA DENTRO”:





:: REFLEXÃO

- Que diferenças você identifica entre o grafite exposto dentro de um museu e o exposto nas ruas?
- Que relações você consegue estabelecer entre essas diferenças e o nome da exposição?

Atualmente, no Brasil, também acontecem outros eventos importantes que têm o grafite como principal foco. É o caso da Bienal Internacional do Grafite, que cada vez vem atraindo mais visitantes.

3ª Bienal Internacional do Grafite realizada no Parque Ibirapuera, São Paulo (SP), 2015.

Segundo o grafiteiro e pesquisador Binho Ribeiro, o fato de o grafite estar em outros espaços não o faz perder suas características. Isso porque muitas das obras são feitas especificamente para o local da exposição e, por isso, têm um caráter efêmero (que é passageiro, temporário, transitório).

Hoje em dia, o grafite também começou a ser reconhecido e seus artistas passaram a ser requisitados para pintar em locais privados, como fachadas de grandes edifícios, estabelecimentos comerciais e também no interior de residências.

Entre os artistas brasileiros, destacam-se os irmãos gêmeos Otávio e Gustavo Pandolfo (1974-), que formam a dupla OSGEMEOS. Em seus trabalhos estão presentes críticas sociais e políticas.

Eles começaram a pintar por brincadeira, nas ruas do tradicional bairro do Cambuci (SP), inspirados no hip-hop dos anos 80. Nunca deixaram de fazer grafite, mas, com o passar dos anos, ultrapassaram as ruas e levaram sua linguagem própria para exposições de arte por todo o mundo.

Grafite de OSGEMEOS, em Boston, Estados Unidos, em foto 2012.

:: CURIOSIDADE



:: ATIVIDADE PROPOSTA

Assistir aos vídeos para execução da atividade



- Material: Folha branca
- Formato: 21 x 21 cm 

Após assistir aos vídeos, utilizar a folha A4= 21x 29,7 cm. Na área de 21 cm x 21 cm fazer o desenho, e no restante da folha usar como rascunho. Exemplo abaixo.

- Desenho: Escrever SEU NOME ou APELIDO utilizando o ensinamento dos vídeos acima.
- Cores: Primárias, secundárias e neutras.


ALUNO ESPERO QUE ESTEJA DESENVOLVENDO OS TRABALHOS DAS DUAS AULAS ANTERIORES. ASSIM QUE TIVEREM PRONTOS FOTOGRAFEM E ENVIEM PARA O NOSSO CONTATO. EMAIL - emacralves@gmail.com

- TODO TRABALHO DEVERÁ SER GUARDADO NUMA PASTA OU ENVELOPE.

Respirem, estou enviando o som do passarinho para vocês!


Importante: Todas as segundas-feiras estarei online de 14:00 às 15:00 para tirar as dúvidas de vocês ao vivo no chat do blog! E obedeçam a recomendação:


:: REFERÊNCIAS

Pougy, Eliana; Vilela, André. Teláris 7º ano ensino fundamental, anos finais. 1.ed. São Paulo: Ática, 2018 

Bons estudos! Professora Lena

"E lembrem-se de sempre lavar bem as mãos e evitar sair de casa! Somente juntos, com a colaboração de todos, conseguiremos superar esta situação!"



E.M.A.C. Rodrigues Alves

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