Artes Visuais - 8º Ano - Aula 14 - Mais perto de Romuald Hazoumè!


Meu cordial bom dia, queridos alunos!


TRABALHOS REALIZADOS POR: JULIA TRINDADE | SOFIA DAMIÃO | LAVÍNIA VIEIRA | 
 ISABELLE RODRIGUES | JOÃO MARCELO MOREIRA | CARLOS EDUARDO FAGUNDES | 
GABRIEL GONÇALVES | LETÍCIA DE FARIAS | VINÍCIUS DE OLIVEIRA | GABRIEL RAMOS

Vamos começar a nossa aula de hoje aprendendo um pouco mais da arte africana através de um game. Basta clicar na imagem abaixo. Divirta-se!


Na aula passada vimos que o mundo à nossa volta está em constante mudança e transformações criando novas formas de cultura e de práticas sociais.

Lembrando, Romuald Hazoumè nasceu 1962, na cidade de Porto Novo, na República do Benin, onde vive e trabalha até hoje.

Em sua juventude, Hazoumè começou a perceber que a situação social e econômica de sua cidade e país estava problemática. O transporte e o comércio ilícito de combustível afetava os habitantes, principalmente os mais vulneráveis, entre eles as crianças e os mais pobres, que, em busca de uma renda, aceitavam esse trabalho ilegal e perigoso. Muitos arriscavam a vida ao carregar galões plásticos cheios de gasolina, um produto tóxico e inflamável.

O artista decidiu, então, tentar compreender seu povo através da tradição dos seus antepassados, procurando entender o motivo de os iorubás criarem máscaras. Foi a partir dessa pesquisa que ele passou a elaborar suas obras relacionando a situação atual de seu país com tradição iorubá.

Seu trabalho é uma crítica ao sistema político e econômico que, com o tempo, afastou a população de Benin de suas tradições.

Além dos galões de plástico que são facilmente encontrados pelas ruas de Benin, o artista utiliza outros materiais em suas obras, como tecidos, pedaços de metal, lixo eletrônico e elementos da natureza, como galhos e fibras naturais.

Hazoumè considera que sua obra é importante não só para o povo de seu país, com quem compartilha suas origens, mas também para a sociedade ocidental. Isso porque traz para o presente a memória da escravidão, expõe os efeitos que ainda permanecem e coloca o mundo ocidental contemporâneo como parte do problema. 



Além de esculturas, ready-mades (Aula 4) e assemblagens (Aula 2), o artista cria instalações. Sua obra tem se tornado uma das principais referências da arte africana contemporânea.

Um dos trabalhos de Hazoumè que teve grande alcance e foi exposto em diversas instituições culturais ao redor da Grã- Bretanha se chama La bouche du roi, que em português significa A boca do rei. Essa obra fez parte da comemoração do Ato de Abolição de 1807, realizada em 2007, composta de diversos eventos artísticos e acadêmicos que tratavam da memória africana e das questões que a escravidão trouxe.

La bouche du roi é uma instalação que faz referência ao navio negreiro Brookes, utilizado pela Grã-Bretanha durante o século XVIII para transportar os africanos escravizados.

Em 1788, foi publicada uma gravura que ilustrava as péssimas condições nas quais os africanos escravizados viviam durante a captura e a viagem forçada a outros países. Essa gravura foi importante para o processo de abolição do comércio de pessoas escravizadas.


Para as exposições mais recentes, o artista acrescentou à obra alguns elementos, incorporou à instalação essências de urina e de fezes humanas. Isso fez com que a ideia de sofrimento e horror do navio negreiro fosse sentida pelo público também através do olfato.

Com essa obra, Hazoumè faz referência às tragédias do passado e trata ainda sobre o presente e o futuro, discutindo as consequências da globalização no mundo atual e o que pode acontecer daqui para frente.

:: REFLEXÃO

- Você consegue ver reflexos desse período na sua comunidade? Quais?

- Em sua opinião, a arte pode nos abrir os olhos para essas questões sociais e nos ajudar a solucioná-las? Por quê?


:: CURIOSIDADE | Ai WeiWei

Ai Weiwei, nascido em 1957 em Pequim, China. Vive e trabalha em Berlim, Alemanha.

O artista cria obras ricas em simbolismo e metáfora que chamam a atenção para a injustiça social. Nos últimos anos, Ai  Weiwei concentrou sua prática na defesa dos direitos humanos dos refugiados, documentando as experiências e condições enfrentadas por milhões de pessoas que foram deslocadas à força de suas casas.

Na sua exposição Raiz, a instalação Lei da Viagem (Protótipo B), em que o artista expõe o seu engajamento com a crise global de refugiados, retratando um barco inflável de 16m de comprimento comportando centenas de figuras humanas.


Lei da Viagem (Protótipo B), barcos infláveis de 60 metros de comprimento e 16 metros de altura com 51 figuras humanas feitas de PVC.


Ai WeiWei afirma sobre a situação: “Não há crise de refugiados, apenas uma crise humana ... Ao lidar com refugiados, perdemos nossos valores básicos. Neste tempo de incerteza, precisamos de mais tolerância, compaixão e confiança um pelo outro, já que somos todos um, caso contrário, a humanidade enfrentará uma crise ainda maior.“

Romuald Hazoumè, “Nós continuamos dentro do Brookes, todos nós  [...] , não apenas pessoas negras, mas pessoas brancas também  [...] , nós estamos naquele mesmo barco. “ 

 
MÃOS À OBRA!!!!

Após você conhecer este trabalho de Romuald Hazoumè e Ai Weiwei expresse através de materiais reciclados (galões de detergentes, amaciantes, tampas, tecidos, lã, botões e etc.), o que essas produções tão atuais podem nos  levar a refletir sobre o isolamento social, e os movimentos contra as violências raciais que estão acontecendo no mundo. Que tal criar o seu “barco”? O que você gostaria de colocar nesse barco para mostrar as suas aflições no momento que estamos vivendo.

ALUNO ESPERO QUE ESTEJA DESENVOLVENDO OS TRABALHOS DAS AULAS ANTERIORES. ASSIM QUE TIVEREM PRONTOS FOTOGRAFEM E ENVIEM PARA O NOSSO CONTATO.  EMAIL - emacralves@gmail.com |   guerra.lena@gmail.com

TODO TRABALHO DEVERÁ SER GUARDADO NUMA PASTA OU ENVELOPE, APÓS SER ENVIADO PELO EMAIL.

Importante: Todas as segundas-feiras estarei online de 14:00 às 15:00 para tirar as dúvidas de vocês ao vivo no chat do blog! E obedeçam a recomendação:


:: REFERÊNCIAS
Pougy, Eliana; Vilela, André. Teláris 8º ano ensino fundamental, anos finais. 1.ed. São Paulo: Ática, 2018 


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Bons estudos! Professora Lena

"E lembrem-se de sempre lavar bem as mãos e evitar sair de casa! Somente juntos, com a colaboração de todos, conseguiremos superar esta situação!"


E.M.A.C Rodrigues Alves

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