Olá queridos alunos do 9º Ano!
Para dar continuidade aos nossos estudos, vamos nos organizar. Estávamos estudando a primeira metade do século XX no Brasil. Na nossa apostila, havíamos estudado até a página 263.
Vamos retomar? Você pode prosseguir na leitura da apostila até a página 270. Nestas páginas você vai descobrir como o Rio de Janeiro se transformou e vai conhecer a Revolta da Vacina.
Em seguida, leia o seguinte artigo:
"RODRIGUES ALVES: O PRESIDENTE BRASILEIRO QUE MORREU VÍTIMA DA GRIPE ESPANHOLA, retirado da Revista Aventuras na História"
Há 100 anos, o mundo presenciou uma realidade totalmente distinta tomada por enfermidades e batalhas. Dos destroços da Primeira Guerra Mundial, surgiu uma praga que chegou a ser comparada a Peste Negra: a Gripe Espanhola. Ela teve tamanha força que conseguiu se propagar por toda a Europa, dizimando inúmeras pessoas.
O primeiro caso foi em 4 de março de 1918, no Kansas, Estados Unidos, onde vitimou um soldado em local de treinamento. Porém, esse registro foi apenas o estopim do que estava por vir, pois, passados seis meses o vírus destinou-se as terras brasileiras, sendo o Nordeste sua primeira hospedagem. A região que foi afetada com milhões de mortos, sendo os jovens adultos os mais contaminados.
Foi devido ao navio inglês Demerara, vindo de Lisboa, no qual posteriormente passou pelos portos de Recife, Salvador e Rio de Janeiro, que em 23 de setembro, despontou a notícia de 55 marinheiros infectados com aquilo que na época foi denominado de dengue e até tifo, que poderiam ter vindas do porto de Dakar, durante as intervenções de guerra na costa da África. Com isso, os marinheiros levaram a epidemia para outras localidades portuárias. Resultando na proliferação, em poucas semanas, de novos casos do Nordeste e em São Paulo.
Houve muitas incertezas para aceitar que todos aqueles casos seriam consequências diretas da Gripe Espanhola, até porque, na época, os serviços públicos de saúde eram precários e o saneamento básico inexistente. Por isso, o problema foi capilarizado de forma sem igual. Não existiu acepção de pessoas, inclusive porque um presidente da república foi vitimado por ele.
É o caso de Francisco de Paula Rodrigues Alves, presidente da República eleito em 1º de março de 1918 para ocupar o cargo pela segunda vez. Sua condecoração estava marcada para ocorrer em novembro, mas foi postergada em razão da contaminação sofrida pelo vírus do tipo Influenza A, da subcategoria H1N1 – da Gripe Espanhola.
Alves, infelizmente não sobreviveu para continuar sua carreira política. Mas, como a constituição determinava na época, houve uma nova eleição em decorrência da vacância ocorrida antes da metade do mandato.
Quando olhamos para o governo que Rodrigues desempenhou nos deparamos com uma política higienista feita no Rio de Janeiro — então capital nacional — por meio da nomeação do prefeito Francisco Pereira Passos, que realizou um “bota-abaixo” na cidade. O período em questão era o momento da política do café com leite, em que lideranças políticas de Minas Gerais e São Paulo se intercalavam na presidência.
Além disso, outros aspectos também foram marcantes da sua administração, como a anexação do Acre no território nacional, a crise econômica enfrentada em razão da baixa dos preços do café e a Revolta da Vacina, onde a população se insurgiu com a obrigatoriedade da vacinação imposta pelo governo. Alves, foi o último presidente paulista eleito para a Presidência da República antes de Jair Bolsonaro.
Como já foi dito anteriormente, a incidência da Gripe Espanhola foi generalizada, pois acometeu líderes governamentais, celebridades, figuras de todos os matizes sociais pelo mundo. O Brasil foi apenas um dos países que foram vitimados pelo surto.
Outro locais também tiveram o distúrbio, um exemplo disso foi com o rei Afonso XIII, da Espanha, que cooperou para a fama da pandemia. Além disso, o avô de Donald Trump e principal construtor do império da família, Friederich, foi também mais uma das vítimas. Ele faleceu aos 50 anos no dia 30 março de 1918 – poucos dias depois da eleição de Rodrigues Alves.
Exercícios:
- Após a leitura, responda:
1 – A Peste Negra no século XIV, a Gripe Espanhola no século XX e o atual coronavirus guardam semelhanças do ponto de vista histórico, qual é?
2 – Por que a Gripe Espanhola teve muitos casos? Relacione com o que está acontecendo no Brasil hoje.
3 - Rodrigues Alves (nome que homenageamos em nossa escola), era presidente, quando foi vitimado de Gripe Espanhola. Qual era o sistema político do qual ele fazia parte?
4 – Explique por que o prefeito da cidade do Rio de Janeiro na época realizou um “bota abaixo”.
5 – O que foi a Revolta da Vacina?
Agora, assista ao vídeo:
- Para finalizarmos nossa aula, reflita sobre as reformas realizadas e as desigualdades de nossa cidade, ontem e hoje. Escreva um pequeno texto sobre isso.
Bons estudos! Professora Juliana
"E lembrem-se de sempre lavar bem as mãos e evitar sair de casa! Somente juntos, com a colaboração de todos, conseguiremos superar esta situação!"
E.M.A.C. Rodrigues Alves
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